Os vinte e poucos parece que passam devagar para o garoto de Tomás Coelho. É, aquele bairro na zona norte do Rio de Janeiro, entre Vicente de Carvalho e Engenho da Rainha. Favor não confundir com Coelho Neto. Acontece muito. Mas Thiago tem pressa. Quer devorar o mundo em uma mordida. Pelo tamanho do sorriso, não vai demorar muito para conseguir. É um observador atento de papos, de pessoas, de mundos. Aquela curiosidade bonita de ver acontecer nos metrôs, nos bares, na fila do supermercado. Por conta disso, sua cabeça transborda ideias e projetos, muitas vezes escorre pelos poros e surge aquele brilho próprio de quem tem sempre uma solução para o que você precisa. Não é raro vê-lo mergulhado (e como mergulha!) nos pensamentos, sem cansar, resgatando referências, medindo, misturando e transformando. A alquimia tem um de seus maiores amantes. É o que Thiago faz: transforma tudo o que devora em arte. Sua produção é dotada de suor, paixão e vontades. Vê só do que ele é capaz.